Poema "A Rosa Que Já Era Tua", de Carlos Augusto Souto de Alencar

A última reunião da nossa Academia Pedralva foi realizada no último dia 12 de setembro e, mais uma vez, foi brilhante graças ao talento dos acadêmicos e convidados. A próxima reunião será realizada no dia 26 de setembro. Continuamos recebendo as inscrições para o I Concurso de Trovas em Homenagem ao Poeta Antônio Roberto Fernandes até o dia 30 de setembro com o tema "Sentimento". Segue, abaixo, o poema "A Rosa Que Já Era Tua", de Carlos Augusto de Alencar, que está na contracapa da nova edição da antologia "A Verve de Sete Poetas e Escritores de Campos" que foi organizada, mais uma vez, pelo acadêmico e senador da cultura no estado do Rio de Janeiro pelo Congresso da Sociedade de Cultura Latina Agostinho Rodrigues.

A Rosa Que Já Era Tua:

Se olhasses em minha direção
verias tudo no meu olhar
mas não me dás atenção
e, assim, só me resta sonhar.

Espero por uma frase, apenas,
cheia de luz e carinho
para minhas esperanças pequenas
se transformarem em alegria no caminho.

Imagino teu calor num abraço
que seria suave e infinito,
curando todo o meu cansaço,
tornando meu mundo mais bonito.

Esse amor que me inunda,
que me torna teu refém
parece um navio que afunda
no mar cruel do teu desdém.

Amor, rosa tão perfumada,
que te ofereço sob a Lua
não precisarias de mais nada
para colher a rosa que já era tua.

Mas não percebes este afeto,
que é a razão do meu viver...
Só posso aceitar ficar por perto
sonhando, um dia, ser visto por você.

Carlos Augusto de Alencar