Nascido no ano de 1896, Dalton Guimarães
foi profissional da imprensa de Campos dos Goytacazes-RJ, tendo colaborado com
diversos jornais da cidade, adjetivado como jornalista vigoroso, combatente,
por seus contemporâneos.
Obteve fama local após sofrer um
espancamento público praticado por um Tenente da Polícia Estadual, que ainda o
levou preso. O Tenente acabou retirado compulsoriamente da cidade, e o jornalista,
fartamente conhecido como figura da imprensa local, símbolo da violência que
atingia a sociedade campista.
Foi funcionário dos serviços do Departamento
de Estradas e Rodagens, ficando ausente de Campos por longos anos, vindo a
retornar posteriormente. Nesse período, permaneceu colaborando para a Folha do
Comércio, jornal da época.
Em seus últimos anos, manteve-se distante
de suas funções, residindo na Rua Alberto Torres, em Campos.
Após um aborrecimento, trancou-se em seu
quarto e suicidou-se, no dia 12 de agosto de 1948, aos 52 anos, tendo começado
a escrever uma carta apenas com a data e nenhuma outra informação.
Seu nome fica marcado como patrono da
Cadeira nº. 07 da Academia Pedralva Letras e Artes, lembrado por sua atuação
jornalística na cidade.
Fonte:
matéria do Jornal do Comércio, de Campos, datada do dia 13 de agosto de 1948,
intitulada “Gesto lamentável de conhecido e antigo cooperador de nossa imprensa
– Suicidou-se Dalton Guimarães”.