Mário Coelho Barroso foi parlamentar,
jornalista, professor de Direito Civil e jurista. Muitas foram as suas
atividades jurídicas e culturais.
Foi idealizador em 1911, do breve Suplemento
Literário da Folha do Comércio de Campos dos Goytacazes/RJ, quando ainda
adolescente, sendo aceito pela direção do jornal, e o mais importante: com a
condição de que ele ficasse com a direção intelectual do referido Suplemento, o
que, de pronto, aceitou inconteste.
Desde o primeiro número tornou-se um trabalho
de ampla leitura que ia desde a materialização de suas ideias aos poemas e
críticas, rigoroso diante da imperfeição, pois investia-se contra tudo que
significasse deslize referente ao sentido do harmonioso e do belo.
Foi um acadêmico de expressão cultural
moderna, possuidor de ricas atuações com recitações, tais como: poemas de
Bilac, sonetos de Raquel de Leoni, quadras de Vicente de Carvalho, entre
outros.
Um poema que se imortalizou diante a sua
intensa defesa do belo, dos trabalhos por si realizados ou chegados em suas
mãos.
“Minha consolação! Minha filosofia!
Imponderável máscara discreta
dessa infinita dádiva secreta,
que é a tragédia recôndita do ser!
Muita gente não te há de compreender.
E dirá que és renúncia e covardia.
Ironia! Ironia!
És a minha atitude comovida
O amor próprio do espírito sorrindo
e o pudor da razão diante da vida!”
Hoje,
figura como patrono da Cadeira nº. 12 da Academia Pedralva Letras e Artes.
Fonte: Discurso da Acadêmica Neiva Fernandes, proferido
no dia de sua posse na Cadeira nº. 12 da Academia Pedralva Letras e Artes, no
ano de 2006.