Em homenagem aos 56 anos do nascimento do poeta e compositor brasileiro Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, nascido em 04 de abril de 1958, aos 125 anos do nascimento do ator e diretor inglês Charles Spencer Chaplin, mais conhecido como Charlie Chaplin, nascido em 16 de abril de 1889, e aos 110 anos de nascimento do pintor Salvador Domingo Felipe Jacinto Dali i Domènech, mais conhecido como Salvador Dali, nascido em 11 de maio de 1904, publico meu poema "O relógio das almas vendidas" que foi inspirado na música "O tempo não para", de Cazuza, no filme "Tempos modernos", de Charlie Chaplin, e no quadro "A persistência da memória", de Salvador Dali. Este poema foi o primeiro colocado no X Concurso Literário de Casimiro de Abreu em 2009, foi finalista do X FESTCAMPOS de Poesia Falada em 2008 e recebeu menção honrosa no I Concurso Literário da Academia Poçoense de Letras em 2009. Espero que os leitores apreciem.
O relógio das almas vendidas:
O relógio das almas vendidas:
Tique-taque
passa tempo, tempo passa,
que vidinha mais sem graça
não se beija, não se abraça
nem se olha a bela praça
ganhar grana? Só com raça!
Tique-taque
passa tempo, tempo passa,
a saúde se despedaça
não reclame, apenas faça
e nem pense em arruaça
ou qualquer forma de ameaça.
Tique-taque
passa tempo, tempo passa,
utilize uma mordaça
produzir é a tua taça
você não é gente, é só massa
nem caçador, é só caça.
Tique-taque
passa tempo, tempo passa,
esse relógio te amassa
esse mundo te rechaça
não atura tua obra crassa
nessa tua vida palhaça.
Tique-taque
passa tempo, tempo passa,
que vidinha mais sem graça
não reclame, apenas faça
você não é gente, é só massa
nessa tua vida palhaça.
Tique-taque
passa tempo, tempo passa,
passa graça, graça passa,
passa abraça, abraça passa,
passa raça, raça passa.
Tique-taque
passa vida, vida passa...