O
Jornalista e Escritor Joaquim Laranjeira, nasceu na cidade de Santa Maria
Madalena/RJ, na Rua Coronel Souza Lima, antiga Travessa Abreu Porto nº 01, em
07 de agosto de 1897. Era filho de Pedro Pereira Baptista, então comerciante da
cidade, e Dona Gertrudes Laranjeira Baptista.
Pedro e
Gertrudes casaram-se em 08 de dezembro de 1896, e tiveram os seguintes filhos:
Joaquim Laranjeira, Manoel Laranjeira (25/12/1898 - †18/10/1952), João
Laranjeira (_/_/1899 - †17/10/1979) e Ana Laranjeira (conhecida como Anita).
Joaquim
Laranjeira estudou no Colégio Público regido pelo Professor Mariano de Oliveira
e no Colégio Americano Fluminense, da Professora Hermínia Mendes Coutinho. Com
apenas 10 anos de idade, já era editor de jornal, no início do século escrevia
à mão o Jornal “A SEMANA”, que foi fundado em 03 de outubro de 1918 e editado
pelo Jornalista Joaquim Laranjeira, até 17 de novembro de 1949, vindo ele a
falecer aos 52 anos de idade em 22 de novembro de 1949.
Era o
começo da carreira do menino que cresceu dedicando toda a sua vida ao
jornalismo e tornou-se o maior e mais importante escritor e jornalista de Santa
Maria Madalena de todos os tempos. Durante décadas, colaborou com vários órgãos
de imprensa do Município e do Estado do Rio de Janeiro. Em Madalena, fundou e
dirigiu jornais críticos como “O TAGARELA” e a “CORUJA”, e revistas literárias
como “MADALENA”, “PORVIR” e “A SEMANA”.
Casou-se
com a Senhora Maria de Lourdes Souza Lima (*04/05/__ - †23/06/1972), filha do
Coronel José Souza Lima e Dona Luíza Gomes de Souza Lima.
Joaquim e
Maria de Lourdes tiveram 14 filhos: Gérson, Edazima, Zilma, Ilza, Eny, Celma,
Maria de Lourdes, Joaquim Laranjeira, Pedro Luiz, René, Silton, Joaquim José,
Evy e Gersy.
Joaquim
Laranjeira não ficou limitado à imprensa e, como figura expoente da cultura
madalenense, editou várias obras literárias, todas recebidas elogiosamente pela
crítica, entre as quais, destacam-se:
1931 - “A
PEQUENA HISTÓRIA” (episódios históricos do município);
1932 -
“POEIRA DE ARQUIVO” (fatos da história do Brasil);
1933 - “A
CABEÇA DE SULTANA” poema (tradução);
1933 -
“CANASTRA DE MASCATE” (apontamentos históricos do município);
1933 -
“BENTO GURGEL” (romance histórico);
1934 -
“FLORIANO PEIXOTO” (biografia romanceada);
1937 -
“CAXIAS O DUQUE DE FERRO” (romance histórico);
1937 - “O
BEQUIMÃO” (romance histórico);
1938 -
“CONSPIRAÇÃO DOS BÚZIOS” (romance histórico);
1939 -
“UMA LUZ NAS TREVAS Drama (tradução), e ainda
A NOIVA DO
PATRIARCA (Romance histórico);
A NETA DO
PATRIARCA (romance histórico) e
O TESOURO
DOS JESUÍTAS (romance histórico), além
de ter traduzido algumas obras de escritores franceses.
Para
marcar a passagem do centenário de nascimento de tão ilustre madalenense,
através de Lei Municipal foi criada a “Semana Joaquim Laranjeira”, cujo evento
foi comemorado no período de 17 a 23 de novembro de 1997. Solenidades na Câmara
Municipal de Santa Maria Madalena e na Casa da Cultura Professor Francisco
Portugal Neves, com exposição sobre a vida e obras do autor, concurso de
redação, palestras e missa.
Em
reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao povo e à cultura
madalenense, a principal Rua do Bairro Jardim Nova Madalena recebeu o seu nome,
e na galeria de honra Câmara Municipal, houve a entronização do seu quadro
fotográfico.
Considerando
seus feitos pelas letras de sua cidade e da região, Joaquim Laranjeira tem seu
nome imortalizado na Cadeira nº. 10 da Academia Pedralva Letras e Artes, sendo
um dos quarenta Patronos da Casa.
*A Academia Pedralva agradece o apoio do madalenense
Nestor Lopes, que remeteu à Academia a biografia constante nesta página.